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Nuno Sobral é um atleta de 46 anos, que entre 1996 e 1997 serviu Portugal como militar em zonas de conflito como o Kosovo e Bósnia, e há cerca de 7 anos sofreu um despiste de mota que o fez ficar paraplégico. Em dezembro de 2022, aquando das cheias de Algés, Nuno estava sozinho na sua casa e viu a água invadir-lhe a casa e destruir tudo o que tinha. Apesar das suas limitações, subiu as escadas apenas com os braços para sobreviver, isto depois de já ter salvo o seu cão.

 

Apesar de o Nuno ter motivos para "desistir” da vida, mas a verdade é que, motivado e inspirado pela sua filha, encontrou o seu propósito de vida: ajudar os outros através da sua capacidade de resiliência e superação.

 

Foi no desporto adaptado que encontrou a forma de ir mais além, provando com cada uma das suas conquistas, que estar numa cadeira de rodas não retira significado ao Ser Humano.  Através deste mote, o Nuno criou a Associação Nuno Sobral, que visa promover a inclusão social e combater, a exclusão social através da prática desportiva e ajudar cada pessoa a perceber que não existem limites na vida.

 

Nos últimos anos, o Nuno tem realizado várias modalidades de desporto adaptado, desde escalada, a wakeboard, ou mesmo bicicleta, mas a PT 281 Ultramarathon foi sem dúvida o maior desafio que o mesmo enfrentou a nível desportivo até ao momento.

 

Foi entre os dias 20 e 23 de julho que participou neste evento, reconhecido por ser uma das ultramaratonas mais difíceis do país, que se distingue pela sua envolvência, tanto pelas paisagens como pelas localidades que atravessa, mas acima de tudo pelos valores que os atletas partilham entre si, desde uma alta capacidade de resiliência para lidar com todo o esforço e dor decorrente da prova, à própria amizade e companheirismo partilhados ao longo da jornada.

 

Com o apoio da Alves Bandeira, o Nuno realizou 248km entre Belmonte e Proença-a-Nova numa bicicleta adaptada, onde, ao longo de mais de 52 horas, contou sempre com o apoio e companhia do seu colega de equipa, treinador e amigo Sérgio Melo.

 

Concluir este evento foi uma forma de o atleta incentivar outras pessoas a superarem-se, ao mostrar que é possível "derrubar barreiras aparentemente intransponíveis” uma vez que "quase sempre os limites estão na nossa cabeça". Ao alcançar este feito, o Nuno tornou-se no primeiro paraplégico a terminar uma ultramaratona.

Obrigado, Nuno, pelo teu exemplo de vida e pelo Grupo Alves Bandeira ter tido a oportunidade de fazer parte desta história!

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